O Cangaceiro – Relembrando um Clássico do Cinema Brasileiro

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O cangaço era uma formação de tropas que aconteceu na antiguidade na Região Nordeste do Brasil. Cada membro de tropa era chamado de cangaceiro, bandos de camponeses pobres que habitavam os desertos do nordeste, vestindo roupas de couro e chapéus, carregando carabinas, revólveres, espingardas e facas longas estreitas conhecidas como peixeiras. O cangaço era dividido em dois principais grupos: os jagunços mercenários que trabalhavam para quem pagou o seu preço, geralmente proprietários de terras que queriam proteger ou expandir seus limites territoriais e também lidar com os trabalhadores rurais; e os cangaceiros, bandidos independentes, que tinham algum nível de apoio da população mais pobre, pois roubavam dos ricos, mas poupavam os pobres.

 

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O primeiro bando de cangaceiros que se tem conhecimento, foi formado em 1870 por Jesuíno Brilhante, um aristocrata rural sertanejo, no sítio Tuiuiú, região da cidade de Patu no Rio Grande do Norte. Todavia, alguns historiadores supõem que o cangaço remonta ao ano de 1828, atribuindo a Lucas Evangelista (Lucas da Feira), filho de escravos, o feito de ser o primeiro a agregar um grupo característico de cangaço, nos arredores de Feira de Santana, Bahia.

 

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Mas o cangaço que mais foi destacado na história, não apenas do Nordeste, mas repercutindo em todo o Brasil, foi o do bando de Virgulino Ferreira da Silva (Lampião), que dominou quase todo o nordeste brasileiro, exceto o Piauí e o Maranhão, durante as décadas de 20 e 30. Lampião e sua tropa, incluindo sua mulher (Maria Bonita), foram mortos no dia 28 de julho de 1938 por autoridades na localidade de Grota do Angico, no município de Poço Redondo, Sergipe.

 

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O Cangaceiro

O Cangaceiro é um filme de ficção brasileiro de 1953 escrito e dirigido por Lima Barreto, com diálogos criados por Rachel de Queiroz. Foi o primeiro filme brasileiro a conquistar as telas do mundo e considerado o melhor filme da Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Sua história se inspirava na lendária figura de Lampião.

 

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O Cangaceiro ganhou o prêmio de melhor filme de aventura e de melhor trilha sonora no Festival Internacional de Cannes, o que fez com que fosse exibido em mais de 80 países e vendido para a Columbia Pictures. Só na França, ficou cinco anos em cartaz. Como destaque, a música Mulher Rendeira é interpretada pela também atriz Vanja Orico acompanhada pelo coro do grupo Demônios da Garoa. Inclui ainda as seguintes belas canções de sucesso da época: Chiquinho Olê, Minervina, Lua Bonita, Meu Pinhão e Saudade meu bem, Saudade.

 

Adoniran BarbosaAdoniran Barbosa no papel de Mané Mole

 

O filme foi gravado no Município de Itobi, interior do estado de São Paulo. Segundo o diretor, a paisagem da cidade e sua caatinga se pareciam muito com a selva nordestina. Ele conta a história do cangaceiro “Capitão” Galdino e seu bando armado que aterrorizam vilarejos pobres da Região Nordeste do Brasil, saqueando e matando com frequência. Num de seus ataques ele rapta a bela professora Olívia e pede 20 contos de resgate por ela. Mas ele e o seu braço direito, homem de confiança, o valente Teodoro, ficam atraídos pela moça. A partir dali, muita coisa começa a acontecer: paixão, deserção, fuga e ódio; e um final inesperado.

O filme tem a duração de 94 minutos.

Peguei um link do YouTube para que você possa assistir, caso seja do seu interesse. E bom entretenimento!

 

 

 

 

 

 

 

5 comentários em “O Cangaceiro – Relembrando um Clássico do Cinema Brasileiro

    1. É um filme bem interessante, com um belo cenário, típico do nordeste brasileiro; baseado no que foi o verdadeiro cangaço, e ainda mostra algumas canções que eram muito apreciadas pelos nossos antepassados. Eu deixei um vídeo aqui no blog, caso lhe interesse assistir, está à disposição. Se não conseguir assisti-lo aqui, então acesse diretamente ao YouTube.
      Um abraço minha amiga Carol!

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